Page 20 - Revista ASEC press - Edição 07 - MKC

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Claudinei Vieira Gotardo
(Gotaquímica)
O empresário Claudinei Gotardo, o
Junior, da empresa de produtos quí-
micos Gotaquímica, comemora um
bom resultado no primeiro semestre,
muito mais por conta de planejamento
anterior do que pelo cenário econô-
mico geral. “Tivemos um aumento
de vendas considerável, entre 20% a
30%, pois eu tinha um estoque antigo
e tive uma boa rentabilidade por isso”,
explica.
No entanto, agora, o problema é
a reposição dessas mercadorias. “O
frete da China para o Brasil está muito
alto, chegando a US$ 12 mil por con-
tainer, sendo que chegamos a pagar
entre US$ 2 mil e US$ 3 mil. ”
Segundo o empresário, a ordem,
para o segundo semestre, é pé no
freio diante das incertezas. “Para este
próximo mês é importar o mínimo
necessário, já que o preço internacio-
nal do frete impacta muito no nosso
negócio. Vou fazer algumas obras de
estrutura, como melhoria na tanca-
CAPA
gem, no lavador de gás, porque minha
planta é muito corrosiva e exige muita
manutenção. Mas não tenho planeja-
mento de longo prazo, por conta de
incertezas externas”, completa.
Luciano Manso
(Álcool Santa Cruz)
Por trabalhar com álcool, produto
chave no combate à pandemia, o em-
presário Luciano Manso, da Álcool San-
ta Cruz, afirma ter ficado “deslocado”
do que acontecia nos demais setores
de atividade. “Trabalhamos mais quan-
do todos pararam e esfriamos quando
a economia reaqueceu”, aponta.
Para ele, é difícil planejar o futuro com
tamanho grau de instabilidade, seja ela
sanitária, econômica, política ou social.
“O primeiro semestre foi o início da vol-
ta à normalidade, mas ainda estamos
longe da tranquilidade. Permanece a
sensação de trem-fantasma, um susto
a cada curva. Você não sabe se amanhã
teremos outra variante e novas restri-
ções, tampouco se o dólar vai disparar
ou despencar, bem como se o governo
vai mesmo insistir nesta absurda refor-
ma do Imposto de Renda, que pune
ainda mais o empreendedor”, afirmou.
Luciano acredita que, seja lá qual
for a regra do jogo, a economia acaba
se adaptando. “O que não pode haver
é uma mudança a cada governo, a
cada legislatura e a cada buraco no
orçamento. ”
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Eduardo Lopes
(Inox-Par)
Para o empresário Eduardo Lopes,
da Inox-Par, o primeiro semestre
foi razoável, com alguns pontos de
melhoria pontuais em segmentos da
construção civil. “A expectativa para
o segundo semestre é de um cresci-
mento de 15%. Só não projetamos
mais por causa da pandemia e da po-
litização que fizeram e fazem em cima
da mesma. Isso atrofiou boa parte
de alguns negócios, afetando nossa
economia como um todo”, afirmou.
“Usando o discurso de alguns po-
líticos, deveríamos que ter uma visão
mais para o Brasil e menos para Bra-
sília”, aponta Eduardo, que lamenta a
politicagem e seu alto custo para todo
o sistema econômico do Brasil. “É
um país fantástico. Apesar de tantas
coisas erradas e uma carga tributária
absurda, e ele continua crescendo.
Com mais informação a gente poderia
dar passos mais largos. Mas vamos
seguir lutando e trabalhando. Temos
que unir ações, empresas e pessoas
do bem. ”