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ARTIGO
PNL, o efeito Zeigarnik
e os 'assuntos inacabados'
Deixando coisas por fazer
Em nossos workshops de PNL, falamos sobre “laços aber-
tos” e os usamos para tornar os insights e as técnicas da PNL
mais marcantes – e para conseguir muito mais aprendizado em
um determinado período do treinamento do que seria possível
com a tradicional abordagem início-meio-fim.
Por exemplo, se começarmos a explorar um tópico como
Rapport, poderemos desenvolvê-lo até certo ponto e, em se-
guida, abandoná-lo e ir para outro tópico – deixando um laço
aberto. Voltamos a ele mais tarde, ou mesmo alguns dias de-
pois e ampliamos mais o tópico.
Por que esse estilo aparentemente descuidado?
Por que deixar as coisas inacabadas?
Será que a melhor maneira de treinar as pessoas é dar
a elas todo o conteúdo do tópico antes de passar para o
próximo?
Não tanto. Como Bluma Zeigarnik demonstrou em 1927 em
um artigo em que ela afirma que tarefas inacabadas são lem-
bradas melhor do que as concluídas.
O que são 'assuntos inacabados'?
• Você já teve uma discussão telefônica com alguém na
qual a pessoa “desligou o telefone na sua cara”?
• Você já leu o capítulo de um romance que terminava
em um precipício e, embora estivesse com tanto sono que
mal conseguia manter os olhos abertos, teve que ler o capí-
tulo seguinte para descobrir o que acontecia depois?
• Você já saiu de casa para ir trabalhar e sentiu uma sen-
sação incômoda de ter esquecido alguma coisa – apenas
para descobrir, quando já era tarde demais para retornar,
que você havia esquecido a carteira ou algum outro item
importante?
Qual é o fator comum nessas perguntas? Todas implicam
em assuntos inacabados – pontas soltas, laços abertos.